sexta-feira, setembro 16, 2005

Quem sabe soletrar A D E U S

quarta-feira, setembro 07, 2005

Vazamento de óleo atinge praias de Niterói

Avistei o Professor Jefferson nas pedras da praia de Icaraí ontem, data que comemorou mais um ano de Muita Vida.
Um vazamento 10 mil litros de óleo no litoral sul da Baía de Guanabara atingiu neste sábado praias do litoral fluminense. O acidente foi causado por um navio do estaleiro Renave, próximo à praça de pedágio da ponte Rio-Niterói. Segundo informações da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Estado (Feema), o vazamento aconteceu depois que o navio realizou uma manobra errada ao tentar atracar em um dos diques da Renave. O casco da embarcação rasgou e 10 mil litros de óleo vazaram na Baía de Guanabara. O material foi levado pela correnteza e contaminou quatro praias em Niterói: Boa Viagem, Icaraí, Gragoatá e Praia das Flechas, na extensão de 50 quilômetros. Algumas barreiras de contenção foram colocadas no local para cessar o avanço do óleo. As praias de Icaraí, Flechas e Boa Viagem foram atingidas. Ontem, técnicos da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Estado (Feema) passaram o dia avaliando a extensão da mancha. Ainda não se sabe o impacto ambiental causado pelo vazamento. O estaleiro Renave pode ser multado por ser o responsável pelo acidente. A decisão será tomada na próxima terça-feira, durante reunião do Conselho Estadual de Controle Ambiental (Ceca).

07 de Setembro

Boas lembranças !!!!!!!!

Pesquisadores fazem avaliação de possíveis prejuízos aos rios

O estabelecimento de grandes projetos na Região Norte, como por exemplo, a construção da Transamazônica e da Usina Hidrelétrica de Balbina, gerou uma série de movimentos ambientalistas que protestavam contra os impactos ambientais iminentes, tanto para os povos indígenas que viviam na região, quanto para os ecossistemas que desapareceriam com os avanços. Então, como promover o desenvolvimento econômico e social sem agredir o meio ambiente? Uma das saídas é a realização da avaliação dos impactos ambientais nos locais onde os projetos serão implantados ou estão sendo executados.

Exemplo disso é o projeto Avaliação dos Impactos do Tráfego dos Navios da Mineração Rio do Norte sobre a Ictiofauna no rio Trombetas, desenvolvido pelos pesquisadores Efrem Jorge G. Ferreira, Jansen Zuanon e Sidinéia Amadio, da CPBA/Inpa (Coordenação de Pesquisas em Biologia Aquática do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).

Os estudos foram solicitados pela Mineração Rio do Norte, atendendo a uma determinação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Isso porque a mineradora deseja renovar a autorização para a exploração do minério na região, e é importante saber o que isso representa em termos de impactos ao meio ambiente.
Segundo Efrem Ferreira, anualmente passam pelo porto do rio Trombetas a média de um navio de grande porte, acima de 50 mil t, por dia, totalizando um movimento de cerca de 365 navios por ano, que fazem o transporte de minério (bauxita).

Jusante e montante

A pesquisa começou em março último e vai até abril de 2006, quando serão apresentandos os resultados. Foram investidos aproximadamente R$ 60 mil em despesas da equipe, de material de coleta e equipamentos. O pesquisador disse que a intenção é saber, por exemplo, se as hélices dos navios contribuem para revolver sedimentos depositados no fundo do rio, afetando (de forma negativa ou positiva) a alimentação dos peixes, ou se a passagem dos navios produz turbulências na água (os banzeiros) que podem derrubar barrancos nas margens do rio e prejudicar as atividades de alimentação e desenvolvimento dos peixes.

O trabalho é executado em duas regiões distintas, uma a jusante (rio abaixo) e outra de mesma extensão, a montante (rio acima), cada uma com cerca de 35 km de extensão, com a cidade de Porto Trombetas (PA) sendo o centro.

Os pesquisadores utilizam três métodos para a verificação dos impactos. O primeiro é a rede de arrasto de fundo, considerado o principal método, que tem como objetivo amostrar a fauna de peixes que vivem no fundo do rio. A rede é arrastada pelo fundo do rio a profundidades que variam entre cinco e 25 metros, a uma distância de dez a 15 metros da margem. Também são utilizados equipamentos como ecosonda, para verificar se o fundo do rio não apresenta troncos ou pedras que possam danificar a rede, e um GPS (Sistema de Posicionamento Global), para determinar as distâncias percorridas.

Informações serão comparadas

Outro método para coleta das amostras é a redinha de cerco, que é utilizada para coletar peixes nos bancos de macrófitas aquáticas (capins e mureru) e também nas praias, esta rede tem cerca de dez metros de comprimento por três de altura e é usada cercando parte dos capins flutuantes, e em áreas de praias de areia nas margens do rio.

O terceiro método são as peneiras e puçás (‘rapichés’), por meio dos quais os pesquisadores coletam o material acumulado nas margens do rio, local que sofre a influência do movimento das ondas causadas pelos navios.

“Usando testes estatísticos, as informações coletadas em ambos os locais -no rio e nas margens, nas duas áreas- serão comparadas para verificar se há diferenças”, explicou Efrem Ferreira.

“Além disso, também utilizamos uma bateria de malhadeiras armadas em dois pontos do rio, um na região de montante e outro na região de jusante, para capturar peixes que serão analisados nos laboratórios do Inpa para obtermos informações biológicas sobre as espécies de peixes”, destacou o pesquisador.



Local: Manaus - AM
Fonte: Jornal do Commercio
Link: http://www.jcam.com.br

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=176844

quinta-feira, setembro 01, 2005

IBITIPOCA

Nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, mais precisamente na Serra do Ibitipoca, surge no final do século XVII - quando Portugal caçava nossas riquezas minerais - o Arraial de Conceição de Ibitipoca. Um dos primeiros povoados do estado é de grande importância histórica para Minas Gerais.
Durante a noite, a vila proporciona uma harmonia dos moradores locais com turistas de todos os cantos do Brasil nos bares, lanchonetes e restaurantes.
Até meados do século XVII, a Serra do Ibitipoca (ibiti=Pedra poca=estala) era habitada por pacíficos índios da tribo Aracy (Ara=luz, cy=mãe), é quando se têm notícias de passagem das primeiras bandeiras na região.
O Parque Estadual do Ibitipoca apresenta em seus 1488 hectares variedades de grutas, cachoeiras, lagos, picos e muito verde.
De beleza exótica, campos rupestres que contrastam com as águas "cor de ferrugem"; Uma preciosidade incrustada num dos pontos mais altos da Serra da Mantiqueira (região sudeste do estado de Minas Gerais) são os 1488 hectares do Parque Estadual do Ibitipoca.
Entre o Planalto de Itatiaia e o Planalto de Andrelândia, nas coordenadas 21° 40' a 21° 43' sul e 43° 52' a 43° 54' Oeste, com altitudes que variam de 1050 a 1784m, o parque ocupa terras do município de Lima Duarte tendo sua portaria localizada a três quilômetros do Arraial de Conceição do Ibitipoca. Situado a noventa quilômetros de Juiz de Fora o parque é de localização central na região sudeste, dista 270Km do Rio de Janeiro, 350Km de Belo Horizonte e 450Km de São Paulo.
Criado em 04/07/1973, o Parque administrado pelo Instituo Estadual de Florestas de Minas Gerais, possui um alto índice de biodiversidade. É o habitat natural de espécies em extinção: Bugios e Barbados, a Onça Parda, o Lobos-Guará, passeiam entre as Candeias (árvore tradicional do Parque), as Bromélias e Orquídeas.
Os riachos, as cachoeiras e lagos em tom de coca-cola são as maiores atrações do Parque de Ibitipoca.
Há várias grutas por todo o parque. O parque foi criado com o objetivo de garantir a preservação do ecossistema, possibilitar a realização de estudos e pesquisas científicas e oferecer condições para o turismo e a conscientização ambiental.
Em um dos braços da Serra da Mantiqueira, prevalecendo o domínio do Mar de Morros, está incrustada a Serra do Ibitipoca. De formação geológica, predominantemente quartzítica, o relevo acidentado, enfatiza a formação de "gargantas", cavernas, despenhadeiros, pequenos cânions, entre outros acidentes geográficos.
O Parque abriga muitas cavernas, com potencialidade para a existência de mais de vinte, tendo sido registradas quinze pela Sociedade Brasileira de Espeleologia.
As cavernas do Parque são diferentes entre si, com variações nas formas e aprofundamento de condutos, nos desenvolvimentos horizontais, declividades, circulação de água, deposição de material sedimentar, influência de luz, calor e umidade, ou seja, diferentes subsistemas.
No que diz respeito à fauna, o Parque serve de refúgio para várias espécies, inclusive, algumas em extinção como o Lobo-Guará (Chrysosyon brachyurus).
Existem várias espécies de macacos que variam do Bugio (Alouatta fasca) ao Sauá (Callicebus personatus), recentemente foi comprovado a existência do macaco mono-carvoeiro (Brachyteles aracnóides) no entorno do parque.
Entre os anfíbios, destaca-se a perereca Hyla ibitipoca, leva o nome da serra por ter sido descoberta no parque. No que se diz respeito aos répteis podemos citar a lagartixa-das-pedras (Tropidurus itamberé), que muda de cor para se confundir com o ambiente e não podemos deixar de destacar a Cascavel (Crotalus durissus), cobra venenosa em grande quantidade na região. Entre os insetos o que chama mais atenção é o gafanhoto brasileirinho, devido a sua coloração exótica.
Recentemente, uma espécie de milhões de anos, que sobreviveu a mudanças climáticas, gelo e queimadas, foi encontrada acidentalmente, o Peripatus acacioi, um misto de inseto e minhoca, com pouco mais de 1,5 cm, tentáculos na cabeça e patas laterais. Especialistas qualificam a descoberta com a mesma importância de que achar um dinossauro vivo nos dias de hoje.
Nas grutas além dos opiliões (espécie de aracnídeos), andoriões e morcegos - muito comuns - já foi encontrado uma espécie de ratinho, ao que tudo indica considerado extinto, e que, por isso mesmo, está sendo analisado por uma equipe do Museu Nacional.
Mais de 200 espécies de aves foram registradas, existindo bem mais. Algumas são as maritacas que voam esverdeadas sobre os canyons com seu alarido alegre, também podemos citar o Carcará (Caracará plancus), Pavó (Pyroderus scutatus), Uru (Odontophorus capueira), Saí-andorinha (Tersina viridis), Bico de Veludo (Schistochlamys ruficapillus), Sanhaço-frade (Stephanophorus diadematus) tico-tico (Zonotrichia capensis), siriema (Cariama cristata), Trinca-Ferro (Saltator Similis). Os tucanos, como o Ramphastos dicolorus ( tucano-de-bico-verde ) e o Ramphastos toco ( tucanuaçu ), chamam a atenção não só pela beleza, mas pelo vôo desengonçado de uma árvore para outra, em busca de frutos. Uma visão impressionante para quem está acostumados a observá-los em viveiros, onde não tem chances de voar.
Mas a ave que chama mais a atenção dos estudiosos é o andorinhão de coleira-falha (Streptoprocne biscutada ), cujo maior exemplar encontrado media 40 cm de asa a asa e pesava 160 gramas. O andorinhão cola seu corpo de penas no frio da rocha das grutas. Não se dá ao trabalho de fazer ninhos. Bota os ovos nas pedras ( a maioria cai e se quebra no chão ), permanece nas cavernas de setembro a novembro e depois parte no seu rumo, mas que os cientistas ainda não conseguiram precisar. Mas sempre voltam as centenas, enchendo as grutas com seus gritos, derrubando ovos e defecando no chão.